domingo, 30 de setembro de 2012


Carta Aberta a Bruno Mazzeo e seus amigos

PEDIDO DE DESCULPAS
 

Bruno,  

Estou indignado com a manchete da Folha de S. Paulo, deste sábado.

Imagine você sendo entrevistado por um repórter do que talvez seja o maior jornal do país, a Folha de São Paulo, durante três horas, sobre vários e vários assuntos. Eu ia ver naquele dia o filme do Breno, “Gonzaga” e o cara não me deixou ir porque ele queria três horas de entrevista.

Imagine você que, em falando de política, você coloca a sua posição pessoal. Que no meu caso é defender o filme de autor e de arte, visando a qualidade e utilidade da mensagem, etc (posição essa que você ou qualquer outro cineasta poderá vir a ter, mais cedo ou mais tarde).

Imagine que no meio dos 180 minutos de entrevista, você relaxe por um segundo e use uma formulação errada. Não digo que eu não tenha dito que “Cilada, é uma m...” Porém, se disse, declaro que foi em meio de vários outros exemplos de filmes que eu acho que não devem ser tão apoiados pelo Governo neste momento, já que o mercado apoia o suficiente. É só uma opinião. Claro que defendo a pluralidade como valor maior. Cada um faz o cinema que quer. Estou convencido de que botando um pouco de arte nas comédias populares, elas vão dar mais dinheiro ainda. Enfim, eu não deveria nunca ter dado uma longa entrevista a um repórter com a cara de medíocre. Me repreendo severamente pela bobeada, MAS... COMO É QUE SE VAI ADIVINHAR QUE O MAIOR JORNAL DO PAÍS VAI TER UM REPÓRTER QUE TOMA UM AVIÃO DE SÃO PAULO PARA A TERRA DENTRO DA MINHA CASA PARA FAZER IMPRENSA MARROM COMIGO?!



Fiquei horrorizado quando li a manchete. O que você vai pensar de mim agora? Que sou um agressivo petulante, seria o mínimo. O que não tem nenhuma correspondência com a verdade. A verdade é que sempre admirei e continuo a admirar você como excelente comediante e em particular como jovem empreendedor, homem que faz as coisas acontecerem! Só que não estou, neste momento, apoiando para todos os fins os filmes como os seus. Olha Bruno, fazer sucesso, seja com for, com cinema brasileiro...é um mérito indiscutível!!!

PORÉM ESTÁ CADA VEZ MAIS PERIGOSO DAR ENTREVISTAS... Disse alguém famoso que “repórter só pensa besteira”. Está certo. Bem faz o Pedro Cardoso que nunca dá entrevistas.

Obs.: não creio que a Mônica Bergman tenha tido nada a ver com isso, isso é desmando de um repórter idiota qualquer, que nem me dou o trabalho de descobrir o nome. Mas que devia ser repreendido, diante da redação inteira. Porque o Brasil precisa de jornais sérios, como a Folha de S. Paulo. Não pode permitir irresponsabilidades como esta, somente fazem diminuir a credibilidade do jornal.

Mas deixa pra lá, isso é lá com eles.

Quanto a você, espero, sem muita esperança, que possa desculpar este veterano batalhador do cinema e das artes, que assina.
 

Domingos Oliveira.

Ps.: Peço ao pessoal que leia sobre isso no meu blog ou facebook, que repercutam junto à Folha de São Paulo para que isso não seja apenas um caso pessoal desagradavelmente desabalizado.

Não quero ter medo do jornal, não quero ter medo de dar entrevistas a essa altura do campeonato, entende? Afinal estamos em uma democracia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Piada.

Eu li sua entrevista. A Folha adora chamar Louco para ser Mordomo. O filme do Bruno não é Ruim, é Orrível (assim mesmo, sem a grafia usual), no entanto, a Forma como colocaram foi, no mínimo, Marrom.