terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O acontecimento do Natal é, sem dúvidas, aquela deusa que apareceu ao lado do Rei, cantando e deixando cantar, tão estrela quanto ele. O nome é Paula Fernandes. Ela é uma profissional.  Do encanto. Tenho vontade de escrever um personagem assim, com esse poder. Mulheres que não querem ser desejadas, elogiadas, querem ser amadas. Não querem homens que gostem delas, apaixoná-los todos, é o mínimo. Numa primeira versão moralista, a história não teria um happy end. A “alumette” (aquela que acende o fogo, palavra que não existe em português) acabaria queimada por ele, como aquela história horrível de um livro da minha infância, da menina que caía no lago e gritava para mãe “socorro, estou me afogando!” para depois, diante da mãe aflita, ficar às gargalhadas. Até o dia que era verdade, ela gritou e a mãe não veio, porque não acreditou. Mas a alumette é uma figura da glória da vida. Todo mundo se perguntava: “Será que o Rei está comendo aquela maravilha, provando mais uma vez a sua realeza”? Talvez, não importa. A Paula é linda. E isso basta.

Mas o Roberto... Não é só a dor na perna. Ele está triste, triste de não ter jeito, como diz o poeta. Tem uma extrema melancolia inexorável de quem viveu uma bela vida e agora envelheceu.  



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Minha carta para a nova Ministra da Cultura Ana de Hollanda teve uma ótima repercussão de vocês e dos amigos do facebook, obrigado. Quando ela for empossada, pretendo procurá-la com um "modelo" de uma Secretaria da Arte dentro do Ministério da Cultura. 
Propor essas coisas às vezes é delicado, não quero ofender ninguém. Cada um tem a vida que quer e faz o cinema que quer. De modo que peço a vocês que cuidem junto comigo da clareza e da delicadeza do documento. E mandem impressões.

um beijo
Domingos

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

CARTA ABERTA À MINISTRA DA CULTURA, ANA DE HOLLANDA


IDEÁRIO DE DOMINGOS OLIVEIRA
Sobre a Legislação de Cinema e Teatro
possível subsídio para a nova Ministra da Cultura
Ana Buarque de Hollanda

No início, era um divertimento. Divertir-se é necessário. A rotina enlouquece. Depois surgiu uma coisa chamada Arte, que pertence à essência da humanidade. Reis e imperadores perceberam que ela melhorava o caráter dos homens. A honestidade, a espiritualidade, a cidadania, a ética...

...A Arte, dada sua singular importância, não deve depender do mercado para existir. É uma atividade de utilidade pública. Nas atuais concorrências, a Arte não tem valor. Contam pontos os financiamentos obtidos, apoios, se os atores são famosos. E, o que causa mais indignação, quanto seu último filme obteve de lucro. O que seria ótimo se estivéssemos falando de amendoins. Nem roteiro pedem mais!...

...Os produtores, distribuidoras e burocratas dirigentes tem como certo dar ao público o que ele quer. A função do governo é dar ao público o que ele precisa.
Ouço o riso desagradável dos industrialistas: "Nunca saberemos o que o povo precisa". Discordo...

...No início do ano, na Folha Ilustrada, o diretor do departamento cultural da Inglaterra Michael Elliot disse coisas surpreendentes de tão óbvias. "Repassamos recursos para o Arts Council, que é a agência responsável pelo desenvolvimento das atividades artísticas. Neste caso, damos os recursos e debatemos as prioridades, mas não interferimos nas decisões. Até porque os membros do Arts Council têm grande expertise, e temos investido na formação desses líderes no setor cultural."...

...Lamento dizer que não há apenas detalhes errados na nossa atual legislação. O caminho está errado porque não leva a devida consideração à Arte. E o primeiro Ministro forte e lúcido que reconhecer essa situação de erro seria, em futuro próximo, um herói da pátria...

...A prova inequívoca que há algo errado na legislação atual é que a bilheteria não paga o produto e os relatórios dos filmes ficam sempre em vermelho. A situação é de dependência e paternalismo evidente. Porem de solução simples. Dentre outras coisas, cabe criar linhas de financiamento para os “filmes prontos”. Isso significa que o produtor faz um filme do próprio bolso e apresenta um resultado para o MinC. Se o filme for considerado útil para o cinema brasileiro, o produtor é ressarcido das despesas feitas. Se não, não...

... É preciso apoiar a iniciativa privada, o capital de risco, que tanto falta nesse país. Não há indústria sem continuidade. Atualmente, acontece o contrário, não me pergunte o por quê. Se um filme chega a ser exibido num festival em cópia digital não pode mais concorrer a editais de finalização e lançamento! Se começa a ser produzido, a produção não pode mais ser patrocinada. É exigida a enganosa virgindade do roteiro. O “edital do filme pronto” é necessário e urgente. Não podemos permanecer para sempre dependentes de imprevisíveis e influenciáveis patrocínios...

...O resultado direto das Leis de incentivo fiscal é tornar mais importante conseguir ou ganhar os citados patrocínios do que agradar ao público...

...Claro que no cinema brasileiro a diversidade é a alma do negócio. A descentralização é essencial e todo tipo de filme deve ser feito...

... É preciso facilitar a existência do filme independente, garantindo seu ressarcimento em caso de boa qualidade. Esta política reincentiva o trabalho em cooperativa, procedimento básico de cidadania...

...Esta política aponta na direção de bons filmes. O que importa fazer filmes num país pobre como o nosso? Importa apenas fazer bons filmes. O que seria do Cinema Novo sem “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, da retomada sem “Central do Brasil”? São as obras artísticas, as obras de autor, que elevam a importância social e econômica das atividades culturais. E são elas que abrem os mercados externos...

...Pouca gente sabe o que é a Arte. E quem sabe não tem a pedagogia necessária para explicar. A Arte faz parte da Cultura, mas não é a Cultura. É maior e mais importante que a Cultura, por mais importante que seja. Ou pelo menos pertence a outro departamento. Cultura é Educação. É uma coisa que se preocupa, que aprende, que bebe na fonte do passado. E nada mais importante no Brasil do que a educação, sabemos todos. Porém a Arte é a locomotiva da Cultura. É o arauto que anuncia o futuro. A Arte diz respeito àquilo que não existia ainda, e está sendo criado. A Arte defende a humanidade.
A Arte é transcendente. É a mais forte arma de comunicação, recurso didático para tornar os homens civilizados. A Arte ensina aos homens seus maiores valores. O amor, a dignidade, a honra, o patriotismo, a cidadania, a solidariedade. Por causa deste nobre alcance, a Arte jamais é citada em debates públicos. A massa burguesa da maioria encarregou-se nos últimos séculos a desmoralizar a palavra Arte. Segundo estes tolos, a Arte é uma coisa desnecessária, fútil, em geral exercida por gente que não gosta de trabalhar. Quando, na verdade, a Arte é o único trabalho verdadeiro...

...Um país pobre como o nosso não pode gastar dinheiro público com filmes e peças ruins. Somente devem ser feitos peças e filmes bons! E quem vai decidir o que é bom ou ruim? O único que pode julgar a arte é o artista. Ou aquele que tem um compromisso sagrado com Ela. E não é difícil reconhecer esse tipo de gente a primeira vista. É aquele que ama realmente a sociedade e constrói uma vida sobre esse amor...

...Muitas vezes um filme bom, realizado num sentido humanitário, ou seja, com Arte, fracassa na bilheteria. É preciso compreender o fracasso da Qualidade. Muitas coisas levam o espectador ao cinema, além da qualidade: O número de cópias; O número de cinemas em que foi lançado; Se tem ou não artistas da Globo ou outros igualmente midiáticos, etc. Os filmes devem chegar ao coração da platéia. A diversidade ainda não é o valor maior. E sim, a comunicabilidade...

...Não há nenhum vestígio na Legislação Brasileira de Cinema de medidas que protejam decididamente esse tipo de filme: o filme comunicativo de Arte. Muito pelo contrário. O resultado é que filmes ótimos como o recente “5x Favela” dão pouca bilheteria, por falta de infra-estrutura de distribuição e lançamento. E cada vez mais se considera como valor magno a bilheteria bruta. Aquilo que o filme rende em dinheiro, como se esse fosse seu único valor. Apenas por exemplo, a TV Globo estabelece o valor financeiro dos filmes que compra através de bilheteria. O próprio índice bilheteria/cópia, mais representativo do que a bilheteria bruta, não é divulgado. Bilheteria é importante, sem dúvida. Até numa obra de arte. Tudo de que eu ouvi falar até hoje chegou até mim porque deu dinheiro. Beethoven deu dinheiro. Kafka deu dinheiro. A arte é invencível. Mais cedo ou mais tarde ela alcança a todos e dá dinheiro. Muitas vezes, fora do período de vida do artista. Que, por isso, produziu menos. É uma lástima...

...Recentemente um filme que reunia Arte e comunicabilidade alcançou um número recorde de bilheteria: TROPA DE ELITE II. Antecipado por alguns outros filmes sem tanta arte, que também deram ótimas bilheterias, provocou uma onda ideológica que tomou conta do mercado. Que aqui chamarei de “Industrialismo”. No momento, somente atrai a atenção dos patrocínios esse tipo de filme de blockbuster nacional. Esta atitude é tão nítida e possui critérios tão fechados, que está ofendendo o próprio princípio da diversidade, obrigatório porque vivemos num país diverso. Os filmes “menores”, por melhores que sejam, não merecem atenção dos patrocinadores. O blockbuster “Tropa de Elite II”, e também alguns filmes espíritas e algumas comédias caracterizadas pela presença de atores midiáticos, monopolizaram o mercado. Esse tipo de cinema demonstrou ser um bom negócio, abafando todos os outros tipos. Tudo estaria certo se o cinema fosse um negócio. Mas não é. É uma Arte. A Arte do século XX. São os filmes de Arte que alimentam as indústrias. São neles que a indústria encontra sua possibilidade de renovação...   

...Proponho, reivindico e afirmo a necessidade da criação, através do MinC, da Secretaria da Arte. A Secretaria da Arte regida por artistas. Fora de qualquer suspeita, privilegiando apenas o mérito artístico. Esta poderia apoiar filmes de alto ou baixo orçamento, sobre qualquer assunto. Desde que sejam filmes de Arte...

...Preconizo a volta da meritocracia artística. Caso contrário, estaremos diante do primado da mediocridade. Da idéia inútil e repetida, da mensagem conformista. Do mercado tem muita gente cuidando. Da arte, que é seu fulcro, ninguém está cuidando...

...A incompreensão das autoridades e dos burocratas responsáveis sobre este ponto fundamental é o problema do cinema brasileiro. Para completar, por favor, ninguém levante o argumento de que é difícil e subjetivo julgar o que é ou não é arte. Mentira! Mentira maliciosa! A arte brilha como o sol...

...Disposto à discussão destas idéias, me armo com a lanterna da paciência e continuo por aí batendo de porta em porta pedindo, com se fosse um prato de comida, uma inteligente compreensão. Daí a minha euforia diante da escolha da nova Ministra. Que, por ser quem é, certamente compreende, detém o segredo, possui a chave do cofre essencial da Arte...
...Uma esperança move meu coração.  

Encarecidamente,

Domingos Oliveira
Autor, diretor e ator de teatro, cinema e TV.
Mas, principalmente, Artista.
Rio, 22 de dezembro de 2010.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

21 de dezembro.

Princípio de verão. O dia mais longo e a noite mais curta do ano.


Furacão causou grandes inundações na Holanda, em 1163.

Em 2012, será o final do Calendário Maia, marcando 5125 anos.

Aniversário de morte de Nelson Rodrigues e Fitzgerald.



Nesse dia absolutamente comum, acordo às seis da manhã em estado epifânico. (Epifania é uma súbita sensação de realização ou compreensão da essência ou do afeto de alguém. O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém "encontrou finalmente a última peça do quebra-cabeças e agora consegue ver a imagem completa". O termo é aplicado quando um pensamento inspirado e iluminante acontece, que parece ser divino em natureza )

Ontem passei um dia, como costumam ser os últimos dias, mal.

Acordei concluindo. Sou um homem cansado, isso é que sou. Fisicamente cansado. O que não deve ser bom para a saúde, posto que é um pecado e pecados são punidos. Resolvi então mudar de vida. Mas antes explico.

De muito tempo para cá, virei um workahoolic. De verdade, sem falseta. Convencido de que distrair-me com o trabalho era o único modo de escapar da angústia da morte, cortei o conceito de férias do meu pensamento. Nos últimos anos, trabalho o dia inteiro. Então estou cansado. Não tomo férias há algum tempo. E me deu vontade de fazer isso. Para tal, é preciso pensar o que são férias, afinal. Não são dias em que você não faz nada. Ao contrário. Devem ser dias intensos, lúdicos, porém de brincadeira e sem grandes esforços. Bem, minha inibição é tanta de pensar sobre esse assunto, que prefiro numerar as características. O que seriam férias para mim?



1. Ir dormir quando estou com sono.

2. Fazer exercício físico e apanhar sol. Porém essas duas rotinas são apenas uma base tola.

3. Não fazer nada que não provenha diretamente do prazer e da diversão. E da alegria! Mesmo que com esforço. Mesmo ficando cansado.

4. Para isso, durante as férias, investir dinheiro em mim mesmo. Não me importar com o dinheiro. Na certeza de que ele virá, se eu estiver descansado depois das férias.

5. Amar intensamente! Gastar perdulariamente tempo nestas atividades.

6. Enfim, estar em férias é não fazer nada desagradável. Nada que custe angústias.

7. Usar a casa de campo dos amigos.

8. Visitar amigos distantes.

9. Comprar presentes de Natal.

10. Seguir de perto os trabalhos mais proveitosos é uma atividade prazerosa pelos frutos que podem render. Também não é preciso ser tão vagabundo assim.





Deve haver outras características, enumerarei mais tarde. Porém uma coisa é certa. Não se pode passar muito tempo em férias. Se não é a ruína, a bancarrota, o fracasso, a depressão.

Será que a agenda das férias pode ser extremamente cansativa? Mas não permitirei isso, juro. Não permitirei. Pensarei que o corpo descansado é o berço dos prazeres. E o alimento da alma é o oxigênio.

Repito que tenho pânico do chamado lazer. Pânico de tudo o que planejei acima. Porque eu sei que sem a obsessão do trabalho pensarei na morte e no absurdo. Mas certamente viverei mais, menos absurdamente.

Para terminar, uma das principais razões dessa minha epifania da vagabundagem, foi a Ana de Holanda ter ido para o Ministério da Cultura. Vindo de onde vem, ela deve saber do segredo, deve ter a chave do cofre. Deve ser possível aliciá-la para a causa da Arte.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010


Discute-se o salário do Presidente, dos Ministros, Juízes etc. Pergunto o que vale o salário para um homem desses. Que é continuamente bombardeado por constantes ofertas de corrupção das mais criminosas até as outras, sutis e indiretas, sem nenhum risco Legal. A resposta é simples. Um bom salário poderia servir de defesa a essas tentações. Mas o que são salários comparados com os favores que são oferecidos apenas em troca de um cumprimento ou sorrisos? Em todo caso, temos de apoiar toda a chance contra a corrupção. 99,9% de chance de não fazer efeito, mas...
A corrupção é a linguagem do país. É impossível participar do poder sem cair nela. O que está em jogo são valores, apenas valores. A questão é cultural.  
Dá o aumento deles e arranja algum pro Lula também, que ele merece e está reclamando.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ABSURDOS BRASILEIROS QUE NINGUÉM COMENTA

O Presidente da República tem direito de escolher seus ministros por motivos políticos, e não pela competência de cada um na área do Ministério???
Isto não é uma sacanagem com o Brasil? Você não acha que o próximo Ministro da Cultura deveria ser uma pessoa de cultura geral e alto nível, e não um professor de História? Ninguém comenta! Comente.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

MEUS PRÓXIMOS PROJETOS, SE DEIXAREM.



Um artista vive sempre em grandes ansiedades. Por causa dos patrocínios, quero dizer. A situação atual do teatro brasileiro proíbe terminantemente que você faça alguma coisa sem os patrocínios. Já tentei e eu sei. E quando vem a lista dos premiados e você não está lá, você se considera o pior do mundo. Preocupado e rejeitado. Afinal, não gostam de você.
Enfim, é um sentimento que o autor deve compartilhar. Por isso ponho na rede a que estou concorrendo, com o quê e por quê.
Que vocês torçam por mim! Se possível, espalhem, até alcançar as cabeças que decidem.
Nos próximos dias vem a resposta dos Correios e da Petrobrás.
Nos Correios entrei com um espetáculo chamado “Uma dúzia de rosas”
E é a forma atual do espetáculo que me parece justificá-lo.
Não se trata de um espetáculo sobre Noel Rosa, exatamente. É um grupo de boêmios que se reúne num bar e o assunto cai, por assim dizer, em Noel. E correlatos: os artistas que morrem cedo (Janis Joplin, Kurt Cobain), o poder da fama, etc.
E, principalmente, a vida de Noel, que é recordada ali, e batucada sobre a mesa de botequim (artefato especial), mesa trucada para percussão por Domênico Lancellotti! Toda representação, desde o início, possui uma grande alegria, mas também uma estranheza. É que na verdade estamos vendo o delírio de morte de Noel. Todo tempo é isso. O que confere ao espetáculo uma grande liberdade formal.
Na Petrobrás, entrei com meu filme “Inseparáveis”. É definitivamente o meu melhor roteiro, um marco na minha vida de escritor. Eu, que sempre me considerei um autor de “comédias comoventes”, que acho que o riso só se torna nobre com a lágrima, que acredito nas histórias de amor e que faço grande esforço para que minhas obras NÃO pareçam sérias, acho que esse “Inseparáveis” completa uma trilogia. Uma fatia definida de minha obra. “Todas as Mulheres do Mundo”, “Separações” e “Inseparáveis” contam na verdade uma estória continuada, que poderia constituir um romance de muitas páginas. Uma estória de amor, acompanhada do seu nascimento até a sua morte.
A história conta a odisséia de Oliveira Brandão e Pink Pontes, que premidos pelas repressões do casamento, embora se amem loucamente, decidem se separar. O que vem em seguida surpreende. Não é uma separação de verdade. É uma separação para os outros, uma separação aparente, para que possam ser mais livres. Na verdade o casal encontra-se regularmente num pequeno apartamento do Recreio, protegendo-se com o maior sigilo. Sua intenção é poder ter relações fora do casamento. Sem a dificuldade do julgamento dos amigos, poderão talvez controlar seus ciúmes. E ser felizes, livres. Neste momento poderão desmanchar a mentira. Esta é a estratégia almejada, para o beco sem saída do casamento. Porém tudo se complica quando ela resolve dirigir um espetáculo chamado “12 Homens e uma sentença” e ele, fazer um filme sobre o início do namoro dos dois, tendo como protagonista uma linda jovem de 18 anos. Enfim, creiam, é um filme profundo e engraçadíssimo. Repito, o melhor que fiz.

De modo que peço a torcida de vocês. Ainda não foi escrita a oração dos candidatos ao financiamento, mas por favor reze essa nos próximos dias 13 e 17 de dezembro, respectivamente. O “Inseparáveis” já foi recusado em 3 concorrências semelhantes, acho que não devem ter lido...
Mas com a torcida de vocês, quem sabe?